maio 12

Reforma tributária: o que muda para o transporte rodoviário de cargas? 

A tão esperada Reforma Tributária finalmente começou a sair do papel. Depois de anos de debates, idas e vindas, o Brasil caminha para um novo modelo de cobrança de tributos. Mas, afinal, o que isso muda para quem vive do transporte rodoviário de cargas, transportando o país de ponta a ponta? 

Se você é gestor de uma transportadora, contador especializado ou atua na área fiscal, essa é uma leitura essencial. Vamos juntos entender os impactos, sejam eles positivos e negativos, da Reforma Tributária para o TRC.  

A seguir, você irá conferir:  

  • Reforma tributária: o que é?  
  • Impactos da reforma tributária no TRC  
  • O que esperar nos próximos anos?  

Boa leitura! 

Reforma tributária: o que é?  

Antes de acelerar no tema principal, vale uma parada rápida para entender o que está sendo reformado.  Sendo assim, a proposta aprovada traz a substituição de diversos tributos federais, estaduais e municipais por dois grandes impostos: 

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – substitui PIS, Cofins e IPI. 
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – unifica ICMS e ISS. 

Ambos funcionarão como um IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Ou seja: a cobrança será feita de forma mais transparente, com direito a crédito em todas as etapas da cadeia. 

Quais serão os impactos da reforma tributária no TRC? 

O setor de transporte é um dos mais afetados pela reforma. Portanto, dependendo da estrutura da sua empresa, isso pode ser muito positivo. Confira os principais impactos: 

Fim da guerra fiscal entre estados 

Hoje, cada estado tem sua regra para ICMS, o que gera confusão e insegurança jurídica para as transportadoras. Com o IBS unificado, essa “guerra fiscal” tende a acabar. Assim, o imposto será mais claro e uniforme em todo o país, trazendo mais simplicidade e previ sibilidade. 

Tributação no destino, não mais na origem 

A lógica tributária muda: os impostos passam a ser recolhidos no destino da carga, e não mais na origem. Ou seja, isso pode afetar a precificação dos fretes entre regiões e exige uma nova estratégia de planejamento tributário. 

Fim da isenção de ICMS no transporte intermunicipal (Simples Nacional) 

Um dos pontos de atenção: transportadoras do Simples Nacional hoje são isentas de ICMS em transporte intermunicipal. 

Com a reforma, essa isenção pode acabar, aumentando os custos operacionais. Portanto, é preciso rever margens e repensar preços. 

Mais créditos tributários aproveitáveis 

Esse é um dos maiores benefícios da reforma. Hoje, é difícil recuperar créditos de PIS/Cofins. Sendo assim, com o IVA, o sistema fica mais transparente e automático. 

Fim da cumulatividade e bitributação 

A bitributação é um problema frequente no setor. Com o novo modelo de IVA, o imposto incide apenas sobre o valor agregado, o que elimina distorções e melhora a competitividade. 

Incertezas para o Simples Nacional 

A reforma prevê tratamento diferenciado para o Simples, mas ainda há lacunas na regulamentação. 

Logo, é fundamental acompanhar os desdobramentos para entender: 

  • Se haverá novos regimes especiais; 
  • Como os créditos funcionarão; 
  • Se benefícios atuais serão mantidos ou extintos. 

O que muda nos próximos anos?  

A implementação da nova Reforma será gradual, com um período de transição de vários anos (de 2026 até 2033). Ou seja: ainda dá tempo de se adaptar, mas a hora de agir é agora. 

Sendo assim, empresas devem se adaptar para estarem à frente dessas mudanças para evitar custos desnecessários.  

Se você ainda não sabe como, essa pode ser a hora perfeita para conhecer a Rumo Brasil. Somos especialistas no transporte rodoviário de cargas e oferecemos diversos serviços no setor de finanças, tributário e jurídico. Para saber mais, acesse nosso site e siga-nos no Instagram e Linkedin