dez 04

Fisco adia validação obrigatória de IBS/CBS e evita rejeição de notas fiscais em 2026 

A transição para o novo modelo tributário do país avança, mas com ajustes importantes no cronograma. A Receita Federal e o Encat (Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais) anunciaram o adiamento da validação obrigatória dos campos de IBS e CBS nas notas fiscais eletrônicas, prevista inicialmente para janeiro de 2026. 

Com essa mudança, as notas fiscais não serão rejeitadas no processo de autorização caso os campos referentes aos novos tributos ainda não estejam preenchidos corretamente. A decisão foi oficializada por meio da Nota Técnica 1.33, publicada na última semana. 

O que muda para as empresas 

O adiamento reduz o risco de interrupções operacionais no início de 2026, período que poderia registrar um volume elevado de rejeições de notas por falta de adequação dos sistemas. 

Apesar disso, a obrigação legal de informar os valores de IBS e CBS permanece. Ou seja: as empresas continuam responsáveis por emitir documentos fiscais com o destaque correto dos novos tributos, mesmo que a ausência dessa informação não resulte, por enquanto, em rejeição técnica. 

A Receita ainda não divulgou uma nova data para a validação obrigatória, mas reforça que o período atual deve ser usado para ajustes, testes e atualizações de sistemas. 

Por que a validação foi adiada? 

O mercado ainda está em fase intensa de adaptação ao novo modelo tributário. Muitos sistemas fiscais e ERPs passam por atualizações estruturais, e as empresas têm revisado processos internos, parametrizações e fluxos de emissão. 

Sem o adiamento, haveria risco de: 

  • Gargalos na autorização de notas fiscais; 
  • Impactos no faturamento e no fluxo de operações das transportadoras; 
  • Aumento de inconsistências fiscais durante o período de transição. 
     

Ao postergar a exigência, o Fisco busca evitar paralisações e oferecer um ambiente mais seguro para a migração ao modelo CBS/IBS. 

O que as transportadoras precisam fazer agora 

Mesmo com a flexibilização técnica, o cenário exige atenção. Na Rumo Brasil, acompanhamos de perto cada avanço da Reforma Tributária e seus efeitos sobre a operação das transportadoras, incluindo impactos diretos na emissão de documentos fiscais. 

Algumas recomendações práticas: 

  • Atualizar sistemas de faturamento/ERP para permitir o preenchimento dos novos campos. 
  • Revisar regras internas de tributação para garantir que a composição dos novos tributos esteja alinhada ao modelo IBS/CBS. 
  • Treinar equipes de faturamento e fiscal, evitando inconsistências que podem se tornar problemas quando a validação voltar a ser obrigatória. 
  • Monitorar as próximas publicações da Receita e do Encat, já que uma nova data deve ser definida. 
     

A adaptação ao novo sistema tributário exige planejamento e execução técnica, e o adiamento deve ser visto como uma oportunidade para acelerar os ajustes, não como motivo para postergá-los. 

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